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quinta-feira, setembro 06, 2012

Sem balas na alma

Me procuro em seus olhos
me acho em sua boca
e enquanto masco chocolates
sinto gosto de pimenta.

A estrela de anis me adoça o hálito
e procuro em sua boca deixar meu perfume
mas mistura se com seus segredos
e só sinto o ardido do anis que quero e não divido

Me procuro em sua pele
cada poro que acaricio
de meus poros saem todos perfumes
dos seus saem cheiros indefinidos


E suas entranhas onde me acabo
onde sempre me delicio
é onde sai um cheiro
do veneno que não identifico

Que goles bebe, que veneno traga
qual seu cigarro, sua vida vazia
que pensa em dias, em noites, sei lá
tudo tão vazio, oco, mofo, doido.

Vida vazia, cor do batom tão viva
estes olhos que sorriem,
coração sem vida, alma morta
pele alva, sem balas na arma.

Vida, definição de morte
seu nome é um nome que gesticulo,
que grito, e o nome não vive
alma morta, com feridas, Grito !


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