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segunda-feira, outubro 15, 2012

Tinto de sangue

E assim, a agua que corria era vermelha
não sabia se , um riacho,uma represa, um rio
só via a agua que rodava em meus olhos
vermelha como sangue, como pequenas ondas

E, te via ali boiando, não tava morta bem sabia
mas via que de seus poros saiam liquidos
que se misturava na agua e tingia
tingia na cor vermelha cor de sangue, tingia.

Escorriam de seus olhos, de sua boca
pelos cantos também escorria
todos liquidos eram vermelhos
como a morte que chega e não morria.

Esticava minhas mãos para te tirar daquela agua
que a cor era tão linda
mas era a cor da morte
que de seu corpo via que esvaia

Minhas mão não te alcançavam
eu gritava e voce não queria
ouvir meus apelos que nadasse
e nas margem minhas mãos, alcançariam.

Mas a morte te chamava
olhei pro sol e tava tudo tão lindo
ao redor era tudo vida, cantos, verdes, flores
só voce que se esvaia, morria.

Andei rodeando a agua, vi uma leve bifurcação
tirei folhas, galhos, entulhos, sonhos desfeitos
e vi então a agua tomando outro rumo
levando este vermelho, clareando minha visão

E vi, a agua vi sendo trocada, novas aguas que passavam
limpando aquele cor tão sofrida, aquela cor de morte
e seguindo o corso levava seu sangue
levava nome, seus sonhos , na correnteza, tudo levava

Seu corpo se aproximou de meus braços
tomei-o e apertei num abraço
de seus olhos ainda escorriam lágrimas vermelhas
de seus poros eram sangue que jorravam

Nenhuma ferida eu vi, verifiquei até suas entranhas
nada tinha, pensei no que fazer
como chegar em seu coração
como arregaçar o peito seu e ver, o que te faz sofrer.

O que foi que a vida te fez, do que fogem seus pensamentos
aperto te em meus braços e acalanto
e dou minha força, meu amor, troco seus pensamentos
e limpo cada poro seu com sangue; com meus beijos.

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