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terça-feira, setembro 25, 2012

Eu tinha medo

Antes eu tinha medo
tinha medo de seus olhos
tinha medo de seu sorrisso
eu tinha medo de sua boca

Antes eu tinha medo
do calor que do seu corpo saia
tinha medo desses beijos
eu tinha medo do meu medo

Antes eu tinha medo
de abraçar o corpo teu
tinha medo desse seu calor
que envolvia o corpo meu.

Antes eu tinha medo
tinha medo de amar
tinha medo de sorrir
tinha medo de me envolver

Agora o tempo passou
seus olhos não me provocam medo
adoro os olhar
agora seus beijos não tenho mais medo
quero sua boca, não parar de beijar.

Agora sinto que somos uma mistura
somos criuanças, somos adultos
é uma mistura de anseios
que jogamos pra lá , meus medos.

Agora não tenho mais medo
de beijar os lábios teus
agora não tenho mais medo
de olhar os olhos seus.

Agora  não tenho mais medo
de sorrir no sorriso teu
agora não tenho mais medo
tocar seu calor e dizer
do meu amor por você.


Não quero mais saber de você

Não quero mais saber de você
porque meus olhos choram
como posso amar tanto voce assim
se não consigo ser feliz.


Não quero mais saber de você
por favor me deixe assim
me deixe só , se afaste,
não quero que tenha dó de mim.

Não quero saber mais de voce
as minhas lágrimas rolam sem fim
preciso que meus lábios sorriam
por favor, se afaste de mim.

Não quero mais saber de voce
faça um favor pra mim, suma,
desapareça; que assim sei que um dia
meu sorriso voltará a florir.

Não quero mais saber de você
desapareça daqui , me deixe
deixe eu com meus pensamentos
afaste com suas mentiras sem fim.

Não quero saber de voce
agora quero saber de mim
valorizar este coração que eu tenho
minha vida, meus dias, tudo enfim !

quinta-feira, setembro 20, 2012

Chuva

Há meses que a terra
nem agua via. sem chuva
tudo tão seco, que doia
pessoas passavam mal
e os pássaros em beiral
lambiam o que restava
de uma antiga chuva da
agua que nem mais havia.

E todos pediam aos céus
pediam para que agua caisse
e o céu se fez negro
uma nuvem que assustava
seria uma enorme chuva
que sobre todos cairia.

Andei pelas ruas
vi as arvores que sofriam
em prontos socorros
crianças que respiravam em aparelhos
porque em seus pulmões,
ar não mais existia.

Olhei as flores, tão secas,que pediam,
que não fosse regadas mais com regas
pediam que do céu alguma agua caisse.
E o céu se fez negro
quantas desgraças com esta agua; aconteceria
mas como satisfazer a todos,
era isso que os deuses não sabiam


Mas já avistava os pássaros cantando
sentindo que seu banho não rápido terminaria
que em calhas ficariam aguas
para muitos banhos e sede que matariam.
E os coqueiros balançavam as folhas
uma dança linda de se ver
o vento assoviava tranquilo
que fazia os braços das pessoas erguer
para sentir, saudar, a
chuva que havia de chegar.

Que nos protejam os deuses
quando toda esta agua cair
porque fica sem chover dias e meses
e sabemos que tem que chover
para nossos rios se abastecer.

Tem que chover, e não importa a agua que caia
porque não podemos controlar
mas depois de uma bela chuva
voltaremos a ver os pássaros cantar
depois de uma bela chuva
veremos crianças nas enxurradas brincar
depois de uma bela chuva
os alimentos em nossas mesas há de voltar.

Mas o mais lindo de tudo isso
é ver os coqueiros, as arvores enfim
dançando nas ruas, nos jardins
e ver as flores se abrindo,
como se estivessem sorrindo
e ver os pássaros de novo nos muros
cantando, banhando-se, cantando
suas cantigas sem fim.

terça-feira, setembro 18, 2012

Dias

Aqui é só sorrisos
garrafas vazias pela mesa
copos gelados na barriga
Gotas de cervejas no umbigo
e a noite assim se vai.....

Pela manhã, abro a janela
o sol ta lá fora
ando pelas ruas, sonolenta ainda
por causa das risadas, das cervejas geladas.

Na calçada uma mãe com a mão esticada
pedindo um trocado, com um filho nos braços
O bucho também ta cheio
vive pedindo dinheiro.

Na esquina se ouve gritos
são os moleques que tão assaltando
para fumar uma pedra
precisam fazer dinheiro.

Minha cabeça roda
como rola aquela pedra
que uma garota atira
machucando uma velha.

Preciso ir ao mercado
passa um carro de polícia
sirenes ligadas, dando tiros
para todos os lados.

Compro as coisas que preciso
no mercado uma TV ligada
mostra as brigas no morro
por causa do trafico.

Retorno meu caminho
uma colisão, palavrões
transito complicado
crianças no farol, pedindo trocados.

Pessoas vendem flores que logo murcharão
mas precisam de um trabalho
e vivem assim sorrindo
ganhando seus trocados.

E, volto pra minha casa
garrafas continuam na mesa, vazias
assim como estou; vazia, sozinha
a casa tá abandonada.



Pulga

Mas que danada desta pulga
que não tem o que fazer
procurou bem atras de minha orelha
para poder se esconder.

Tento pegá-la e foge daqui
tento pegá-la e escorrega pra ali
ah danada de pulga
que vou te morder.

Mas que danada desta pulga
que me deixa agitada
parece que quer me fazer de palhaça
mas te pego ó danada
voce ainda vai ver.

Mas danada de pulga
que veio fazer
bem atras de minha orelha
veio me morder ?

Naquele dia

Me lembro
de seus olhos no meu olhar
Me lembro
de sorrisos na mesa do bar

Me lembro
daqueles instantes
que eu queria prolongar
me lembro

Me lembro
de fumaça de cigarros
do copo ainda cheio
de copos vazios.

Me lembro
de retorno e despedida
Me lembro
que naquele dia eu queria entrar em sua vida

Me lembro
de um chopp esquisito
onde eu queria mesmo era beber
seus lábios que me sorriam

Me lembro
que o seu calor se foi
e ficou só sms aumentando
muito mais meu calor

Me lembro
que no outro dia, o telefone tocou
e a noite pude sentir o sabor
do seus lábios que eu os queria.
Me lembro......

sexta-feira, setembro 14, 2012

Ballet

Nunca entendi de danças
mas sempre foi lindo ver as meninas Levitar
levitavam em passos mansos
que parecia que eu estava a dançar.

Olhava aqueles movimentos
Ah, como eu queria aprender a dançar
mas nunca tive estes movimentos
meu corpo nunca agilizou; para na música eu entrar.

Mas vejo, saem lágrimas de meus olhos
é como se estivessem nos céus a voar
mas eu não sei atingir os céus
fico vendo aquelas meninas então, voar.

E, saudo o balllet que dá sonhos
este mesmo ballet que faz meu corpo levitar
e admiro as lindas meninas
na grandeza de nossa alma penetrar.

E sonho ao som dos movimentos exuberantes
e danço no meu sonho a levitar
e viajo ao som daquela música, daqueles passos
desse lindo flutuar que faz minha alma enebriar.


(uma homenagem a Claudia Santos e suas lindas meninas).

terça-feira, setembro 11, 2012

Um novo caminho

Não sei onde estou
será que me perdi ?
só lembro de ter pego aquela estrada
e vim parar aqui.

Estou tão assustada
vou me sentar ali
e pensar o que faço
tentar descobrir como cheguei aqui

Depois de sentar-me
analisar a situação
verificar os espaços
não tenho mais medo não.

Olhei tudo em volta
lindos pastos verdejantes
uma estrada tão linda
continuarei meu caminhar ver o que tem adiante

Agora sorrindo, sem medo de nada
descobri que é só um caminho
um novo caminho, nesta minha nova estrada.
Colori meus sonhos e segui !

quinta-feira, setembro 06, 2012

Sem balas na alma

Me procuro em seus olhos
me acho em sua boca
e enquanto masco chocolates
sinto gosto de pimenta.

A estrela de anis me adoça o hálito
e procuro em sua boca deixar meu perfume
mas mistura se com seus segredos
e só sinto o ardido do anis que quero e não divido

Me procuro em sua pele
cada poro que acaricio
de meus poros saem todos perfumes
dos seus saem cheiros indefinidos


E suas entranhas onde me acabo
onde sempre me delicio
é onde sai um cheiro
do veneno que não identifico

Que goles bebe, que veneno traga
qual seu cigarro, sua vida vazia
que pensa em dias, em noites, sei lá
tudo tão vazio, oco, mofo, doido.

Vida vazia, cor do batom tão viva
estes olhos que sorriem,
coração sem vida, alma morta
pele alva, sem balas na arma.

Vida, definição de morte
seu nome é um nome que gesticulo,
que grito, e o nome não vive
alma morta, com feridas, Grito !


Anonimos

Não me interessa seus mistérios
tentando talvez; querendo me confundir
são tantas pessoas que passam pela minha vida
que nem me interesso em saber quem é você.


São tantos anonimos pelas ruas
todos tem rostos, sorrisos
e isso voce não tem, até um nome falso
deixa voce mais feio, olhe no espelho e veja bem

Nem quero pensar quem é voce
deve ser dessas pessoas frustadas, falsas
que um dia pela vida eu trombei
mas te garanto, tenha certeza
nem me interessa nem saber quem é voce.

Já passou pela minha cabeça tantos nomes
uma das pessoas que deus ajude
que nunca mais eu veja nem na outra calçada
pois não me faria bem

Hoje nem me preocupe mais com nomes
mas com sorrisos, com olhares
com pessoas que cheiram bem
e isso voce não tem

São anonimos como voce que são problemas
porque se escondem querendo mostrar o que não tem
mas nomes falsos já soam pessoas falsas
e eu não quero isso pra mim e nem pra ninguem.

Loucuras

Como fazer a cabeça funcionar
Neuronios tantos neuronios
que ficam ali vivos, esperando a hora certa
para queimar, morrer; a gente os assassinar.

Como seria bom se desse
para separar todos as coisas de nossso pensar
e um por um pudessemos
por em uma lista e neles trabalhar.

Mas ficam assim rodando, atrapalhando
difícl tanta coisa separar
mexe com coisas que até são bonitas
porque são muitas coisas pra se pensar.

Pensamentos se misturam
que Deus consiga sempre  acalmar
porque senão se faz loucuras
por não conseguir os problemas desagrupar

E, se não conseguirmos
os problemas viram loucuras
e ai vem os diabinhos, sempre prontos
para ensinar como trabalhar.




segunda-feira, setembro 03, 2012

O Rei

Porque este amor tão grande
de onde veio este desejo
se já nos seios ela sorria
amamentava o menino.

Tanta estrada percorrida
sonhos, oráculos, profecias
estradas, poeiras, gentes
e na cabeça um nó não entendido.

E a morte lhe surge, quando da espada empunha
e mata quatro,  mata o rei
que era seu pai e não o sabia
e poeiras, estradas que surge.

Mais adiante tanta gente
desesperos, fogem, fogem
fogem , lá na frente uma esfinge
e volta lhe os sonhos, oráculos e profecias.

A espada já com sangue
tão fácil lançar de novo
e o sangue escorre e o
aclamam então o povo

Se faz rei, mas rei já era o menino
que dava prazer enquanto mamava
nos seios com quem dormia
era rei de duas terras, o menino.

E a desgraça tomou conta
morriam , todos de pragas morriam
e veio o profeta e lembrou da profecia
dos antigos sonhos, das mortes do menino.

E deitava na cama, e com sua mãe dormia
e a amava, amava o reino e amava a mãe
e a praga em todo seu reino, consumia
morriam, todos morriam.

E a flauta então tocava
na busca da imensidão
do que não era o nada
a flauta fazia o som.

A morte de sua amada, nas cordas estirada
sua mãe que amava e que com ela deitava
a cegueira com a espada tirava lhe a visão.
e furara -lhe a audição.

No reino tudo voltou ao normal
o oráculo prenunciou a morte
prenunciou a morte da amada
quando descobrisse ser a mãe
do filho que lhe foi tirado.

E o mundo foi sua rota
sem mesmo enxergar nada
vagou, vagou o pobre coitado
sem ouvir sua própria flauta

E, retorna aquele gramado
verdes arvores, lindo verde pasto
e cabelos brancos já lhe tomara a fronte
para morrer ali, o pobre coitado.

(da obra de Sofocles)

Espinha

Tava querendo ver seus olhos
tava querendo ver você
tava querendo sentir seus beijos
tava querendo abraçar você.

Cheguei e um arrepio
tomou conta de meu ser
quando pro seus olhos , olhei
sorri e fiquei assim, olhando você.

Passei a mão pelo seu rosto
sentir eu queria o calor
que logo de todo corpo eu sentiria
queria sentir você

E seus olhos me olhavam
minha boca te sorria
era grande tua saudade
e eu, muita saudade tinha.

E, de mãos dadas ficamos
carinhos, muitos então trocamos
beijos e mais beijos eu tinha, você tinha
o corpo de tanta saudade, arrepiando.

De repente minha mão sentiu, uma saliência
não pensei que nesta viagem
uma espinha nascera no rosto mais bonito
que eu sonhara em todos meus dias.