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segunda-feira, setembro 03, 2012

O Rei

Porque este amor tão grande
de onde veio este desejo
se já nos seios ela sorria
amamentava o menino.

Tanta estrada percorrida
sonhos, oráculos, profecias
estradas, poeiras, gentes
e na cabeça um nó não entendido.

E a morte lhe surge, quando da espada empunha
e mata quatro,  mata o rei
que era seu pai e não o sabia
e poeiras, estradas que surge.

Mais adiante tanta gente
desesperos, fogem, fogem
fogem , lá na frente uma esfinge
e volta lhe os sonhos, oráculos e profecias.

A espada já com sangue
tão fácil lançar de novo
e o sangue escorre e o
aclamam então o povo

Se faz rei, mas rei já era o menino
que dava prazer enquanto mamava
nos seios com quem dormia
era rei de duas terras, o menino.

E a desgraça tomou conta
morriam , todos de pragas morriam
e veio o profeta e lembrou da profecia
dos antigos sonhos, das mortes do menino.

E deitava na cama, e com sua mãe dormia
e a amava, amava o reino e amava a mãe
e a praga em todo seu reino, consumia
morriam, todos morriam.

E a flauta então tocava
na busca da imensidão
do que não era o nada
a flauta fazia o som.

A morte de sua amada, nas cordas estirada
sua mãe que amava e que com ela deitava
a cegueira com a espada tirava lhe a visão.
e furara -lhe a audição.

No reino tudo voltou ao normal
o oráculo prenunciou a morte
prenunciou a morte da amada
quando descobrisse ser a mãe
do filho que lhe foi tirado.

E o mundo foi sua rota
sem mesmo enxergar nada
vagou, vagou o pobre coitado
sem ouvir sua própria flauta

E, retorna aquele gramado
verdes arvores, lindo verde pasto
e cabelos brancos já lhe tomara a fronte
para morrer ali, o pobre coitado.

(da obra de Sofocles)

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